terça-feira, 7 de junho de 2011

Jonathan Safran Foer

Um dos principais nomes da literatura americana atual, enfrentou um dilema para parar de comer carne; mas resolveu tirá-la de vez da sua dieta

O escritor americano Jonathan Safran Foer não é um vegetariano do tipo radical. Parar de comer carne, para ele, não foi uma decisão simples, dessas que se tomam de uma hora para outra. Fã confesso do sabor da carne e das memórias afetivas evocadas por um bife bem preparado, ele entrou em certa “crise alimentar” quando começou a indagar mais sobre os processos que envolvem um pedaço de filé até ele, de fato, chegar ao nosso prato. Mas nem sempre era muito contundente e acabava, vez por outra, por se render a um hambúrguer ou a um frango assado.

Sua decisão de parar efetivamente de comer carne só foi tomada quando ele descobriu que iria ser pai. Foi aí que tudo se iluminou: como as crianças aprendem pelo exemplo, principalmente dos pais, Foer resolveu ser um ótimo exemplo para seu filho e passou a buscar argumentos mais incisivos para uma dieta sem proteína animal. “Em meus três anos de pesquisas eu aprendi muito sobre os efeitos da carne na saúde humana e no planeta – assim como seu efeito nos próprios animais – para me sentir apto a comer proteína animal de novo. É a pior coisa que fazemos ao meio ambiente”, disse em conversa com a VIDA SIMPLES, de Nova York, onde mora.

O escritor se refere aos maus tratos com que os animais são criados para a produção de alimentos nos EUA e que ele relata em seu livro Comer Animais, a ser lançado agora em janeiro no Brasil. Em seus relatos, ele cita estudos científicos que sugerem a contaminação das galinhas criadas em granjas por bactérias das fezes, que comprovam os maus tratos por que passam os porcos que ficam sempre presos para não atacarem uns aos outros e que indicam que parte do gado é cortada enquanto ainda está consciente.

A indústria da carne, de acordo com as pesquisas que aponta, é responsável pela morte anual de cerca de 450 bilhões de animais terrestres e contribui 40% mais para o aquecimento global do que todo o transporte do planeta. “Eu descobri que os tipos de fazenda que a maioria de nós imagina quando pensa na criação de animais estão, por todos os interesses e razões, mortos.” Não há vacas pastando tranquilas e galinhas ciscando nas fazendas industriais dos EUA. “Por isso, está na hora de adotarmos novas medidas e práticas”, defende.

A saída de Foer foi abolir – não sem pesar – a carne do prato. “Eu não acho que as pessoas vão todas parar de comer proteí na animal logo. Mas acredito que deve haver um movimento global sobre a quantidade de carne que frequentemente consumimos à medida que as pessoas passarem a pensar mais sobre isso”, diz. “E, assim, não estaremos mais rodeados de 50 milhões de animais confinados em situações lamentáveis.”

Edições Anteriores Oescritor americano Jonathan Safran Foer não é um vegetariano do tipo radical. Parar de comer carne, para ele, não foi uma decisão simples, dessas que se tomam de uma hora para outra. Fã confesso do sabor da carne e das memórias afetivas evocadas por um bife bem preparado, ele entrou em certa “crise alimentar” quando começou a indagar mais sobre os processos que envolvem um pedaço de filé até ele, de fato, chegar ao nosso prato. Mas nem sempre era muito contundente e acabava, vez por outra, por se render a um hambúrguer ou a um frango assado.

Sua decisão de parar efetivamente de comer carne só foi tomada quando ele descobriu que iria ser pai. Foi aí que tudo se iluminou: como as crianças aprendem pelo exemplo, principalmente dos pais, Foer resolveu ser um ótimo exemplo para seu filho e passou a buscar argumentos mais incisivos para uma dieta sem proteína animal. “Em meus três anos de pesquisas eu aprendi muito sobre os efeitos da carne na saúde humana e no planeta – assim como seu efeito nos próprios animais – para me sentir apto a comer proteína animal de novo. É a pior coisa que fazemos ao meio ambiente”, disse em conversa com a VIDA SIMPLES, de Nova York, onde mora.

O escritor se refere aos maus tratos com que os animais são criados para a produção de alimentos nos EUA e que ele relata em seu livro Comer Animais, a ser lançado agora em janeiro no Brasil. Em seus relatos, ele cita estudos científicos que sugerem a contaminação das galinhas criadas em granjas por bactérias das fezes, que comprovam os maus tratos por que passam os porcos que ficam sempre presos para não atacarem uns aos outros e que indicam que parte do gado é cortada enquanto ainda está consciente.

A indústria da carne, de acordo com as pesquisas que aponta, é responsável pela morte anual de cerca de 450 bilhões de animais terrestres e contribui 40% mais para o aquecimento global do que todo o transporte do planeta. “Eu descobri que os tipos de fazenda que a maioria de nós imagina quando pensa na criação de animais estão, por todos os interesses e razões, mortos.” Não há vacas pastando tranquilas e galinhas ciscando nas fazendas industriais dos EUA. “Por isso, está na hora de adotarmos novas medidas e práticas”, defende.

A saída de Foer foi abolir – não sem pesar – a carne do prato. “Eu não acho que as pessoas vão todas parar de comer proteí na animal logo. Mas acredito que deve haver um movimento global sobre a quantidade de carne que frequentemente consumimos à medida que as pessoas passarem a pensar mais sobre isso”, diz. “E, assim, não estaremos mais rodeados de 50 milhões de animais confinados em situações lamentáveis.”

Por Rafael Tonon
Fonte:
Vida Simples


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